Como se nada se tivesse passado

De 3 a 24 de Março a galeria Municial Tomás Costa, acolhe uma exposição de trabalhos da Artista Plástico, Maria Corte-Real. A exposição com o título "Como se nada se tivesse passado", ocorre no mês em que se assinala o Dia Internacional da Mulher, motivo pelo qual foi endereçado o convite para esta exposição.
maria corte-real Nasceu no Porto. Licenciou-se em História na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Foi para Oliveira de Azeméis(Santiago de Riba-Ul) onde viveu durante vinte anos leccionando na Escola Bento Carqueja. O acto de pintar que estava adormecido desde o tempo de faculdade voltou com uma enorme intensidade e novamente no Porto. Frequentou os cursos livres da Cooperativa Árvore e do Instituto Cultural D. António Ferreira Gomes. Expôs individualmente (selecção ): 2008 -"o que vês?"-Espaço Ilimitado , Porto 2014 - "VEJO"- Forum Cultural de Ermesinde, Ermesinde Expôs colectivamente (selecção): V Prémio Amadeo de Sousa Cardoso - Amarante Bienal de Cerveira -Vila Nova de Cerveira. COMO NADA SE TIVESSE PASSADO, para Sísifo. Sei que a tarefa é absurda. Poderias inventar um dia a dia diferente e dizer para ti próprio, mentiras inofensivas. Mas enquanto sobes ou desces a montanha, não te encontras privado de observar, sentir e pensar. Na repetição dessa tarefa, já percebeste que o tempo não é sempre igual, nem possui sempre a mesma qualidade. Os dias sucedem-se desiguais, uns bons, outros nem tanto. A paisagem e o caminho que percorres, mudam durante o decorrer dessa repetição. O ar é pesado, mas por vezes parece retirar o peso dos teus passos. Como se fosses amparado por outro igual a ti próprio. Talvez seja mesmo isso, desdobras-te e és outro. Um outro que empurra ou puxa alegremente, cantarolando e assobiando. Claro que esse outro, não pode pintar a vida com cores que não existem, mas ajuda-te a pensar que os deuses não podem dizer-te quem és, já que não existem. Negar tudo e possivelmente esquecer como tudo começou, encerra em si a possibilidade dum novo começo. Talvez essa possibilidade poética implícita, esteja inscrita nos movimentos que adivinhamos entre cada cor e cada linha que as imagens de Maria Côrte-Real nos oferecem. Trapo (João Baeta)

Galeria Tomás Costa | Rua Dr. Ernesto Soares dos Reis | 3720 – 256 Oliveira de Azeméis | Tel. 256 600 621